AGRICULTURA: Plantas de cobertura para melhorar a fertilidade do solo.

AGRICULTURA: Plantas de cobertura para melhorar a fertilidade do solo.

Imagem / Danimar Dalla Rosa.

A fertilidade do solo é regida basicamente pelos fatores químicos, físicos e biológicos. Quando nos preocupamos em ajustar esses pilares mantendo a harmonia entre eles, com certeza estamos andando por um caminho rumo a máxima capacidade produtiva.

Para compreender melhor a função de cada um desses pilares, podemos descrever os atributos químicos do solo como sendo a capacidade existente em fornecer nutrientes minerais ao desenvolvimento da cultura desejada, enquanto que os fatores físicos representam o suporte que o solo oferece para o desenvolvimento e penetração das raízes enquanto que as características biológicas envolvem a riqueza de microorganismos existente, os quais são responsáveis pela mineralização dos nutrientes através da decomposição da matéria orgânica além de conviver em harmonia com a cultura desejada, fornecendo compostos para o seu desenvolvimento.

Nesse contexto, as plantas de cobertura, ou as misturas de espécies para cobertura do solo, cada vez mais difundidas no meio agrícola, são capazes de interferir positivamente em todos os pilares responsáveis por constituir a fertilidade do solo. Essas plantas geralmente são cultivadas na entressafra e nesse período atuam para que as propriedades químicas, físicas e biológicas do solo sejam reparadas, dando o máximo de suporte para que posteriormente a cultura de finalidade econômica seja implantada encontrando ótimas condições para desenvolvimento e produção.

Geralmente são utilizadas como plantas de cobertura, cultivares de aveia, milheto, nabo, trigo mourisco, centeio, ervilhaca entre outras. Essas plantas podem ser semeadas isoladamente ou em conjunto (mixes), geralmente após a colheita da soja no mês de março onde se desenvolvem durante um período de 60 a 90 dias e após isso são eliminadas através de controle químico com herbicidas ou controle mecânico com rolos faca, roçadeira ou semeadeiras que semeam a cultura de interesse econômico.

Inicialmente essas plantas atuam sobre os componentes físicos do solo, melhor estruturando-o através do desenvolvimento de suas raízes e, automaticamente, realizam a descompactação, pois, o sistema radicular de algumas espécies como o nabo, por exemplo, apresentam sistema radicular agressivo, abrindo galerias no solo onde se desenvolvem.

À medida que essas plantas vão se desenvolvendo muitos microorganismos de vida natural no solo e que o colonizavam em número reduzido acabam por se multiplicar pois o desenvolvimento das plantas de cobertura favorece a formação de um micro clima no local pela preservação da umidade e pelas temperaturas mais amenas.

Posteriormente esses microorganismos serão responsáveis pela decomposição dos restos culturais degradando a matéria orgânica formada pelas plantas de cobertura e fornecendo nutrientes para a cultura de interesse econômico. Esse processo é chamado de mineralização e garante a manutenção das características químicas do solo.

Além de todos esses benefícios as plantas de cobertura auxiliam para minimizar o processo erosivo, pois, com a formação da camada de palha sobre o solo este fica protegido das gotas de chuva que caem e carregam consigo partículas de solo das camadas superficiais, as quais apresentam os melhores índices de fertilidade.

O investimento em plantas de cobertura muitas vezes é a alternativa para melhorar a fertilidade de solos degradados, que, apesar de ser um processo lento, garante bons resultados a médio e longo prazo. Dessa forma, estudos preliminares e acompanhamento de pessoal capacitado e com experiência de campo é essencial para garantir a viabilidade do processo.

Por Imagem / Danimar Dalla Rosa – Colunista RRMAIS

 

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Edson da Cunha

Edson da Cunha

Bacharel em Direito pela UNIVEL - Universidade de Cascavel, radialista comunicador e apresentador na emissora de Rádio Viola 98,1FM de Guaraniaçu.