AGRO: Adubação Potássica em pós emergência da Cultura da Soja

AGRO: Adubação Potássica em pós emergência da Cultura da Soja

Imagem / Danimar Dalla Rosa.

As altas produtividades almejadas no cultivo das mais variadas espécies de plantas da agricultura mundial está atrelada a fertilidade do solo, a qual é regida pelo bom manejo das características físicas, químicas e biológicas do mesmo. Quando nos referimos ao manejo das propriedades químicas de um solo, na grande maioria das vezes, associamos o uso de fertilizantes de alta concentração utilizados durante o processo de semeadura.

De maneira geral, fertilizantes formulados com mistura de grânulos contendo nitrogênio, fósforo e potássio são a opção para adubações de base, ou seja, utilizada durante a semeadura na grande maioria das propriedades de agricultores que optam pelo cultivo da soja e também de outras espécies populares da agricultura mundial.

No entanto, no caso específico da cultura da soja, algumas técnicas de manejo no uso de fertilizantes têm possibilitado escalonar o seu uso a ponto de fornecer o nutriente à planta o mais próximo do período de maior necessidade. Isso é possível no caso do potássio através do uso através de aplicações a lanço em pós emergência da cultura.

O potássio, juntamente com o nitrogênio e o fósforo são macro elementos principais, ou seja, requeridos pelas plantas em grandes quantidades e essenciais para o rápido crescimento e alta produção. No entanto, para a cultura da soja, o nitrogênio pode ser dispensado, devido a simbiose ocorrida entre bactérias presente no solo ou introduzidas durante a semeadura no processo de inoculação.

O fósforo, devido a dinâmica de movimentação no solo, muitas vezes é utilizado durante a semeadura, onde é distribuído no sulco de semeadura pouco abaixo de onde vai ser depositada a semente. No caso do potássio, devido a sua maior mobilidade e fácil dissolução na solução do solo, seu uso permite aplicações a lanço.

Dessa forma, pensando na otimização da adubação na cultura da soja, as adubações potássicas muitas vezes são recomentadas quando a soja se apresenta em estágios fenológicos entre V3 e V5 (entre 3 e 5 trifólios emitidos). Essa técnica apresenta inúmeras vantagens que podem ser observadas desde o plantio, onde, a diminuição do volume de fertilizantes utilizados durante essa fase, permite o aumento do rendimento, devido a diminuição de paradas para abastecimento.

Outra vantagem é a possibilidade de correção dos níveis desse nutriente no solo, pois as aplicações a lanço, em pós emergência da cultura, reforçam a adubação realizada no sulco. Além disso, aplicações desse nutriente mais próximo da fase de formação de vagens e grãos tentem a fornecer o nutriente à planta o mais próximo do momento que a demanda pela mesma aumenta.

Além disso, alguns estudos apontam que a retirada da adubação potássica no momento do plantio tende a salinizar menos a sulco de semeadura, dando melhores condições para o desenvolvimento inicial da plântula, sem correr o risco de danos a raiz.

O fertilizante comumente utilizado para essas adubações potássicas a lanço geralmente se restringe ao cloreto de potássio o qual apresenta entre 58 e 60 % de óxido de potássio. As aplicações desse fertilizante podem ser realizadas em dias quentes e secos, pois não há riscos de perdas por volatilização como ocorre com fertilizantes nitrogenados.

Além disso, aplicações em dias quentes e secos, quando a umidade do solo estiver baixa, tende a reduzir a compactação e minimizar o esmagamento e quebramento de plantas devido a estas estarem com as células menos túrgidas, podendo se apresentar murchas no final da tarde.

Chuvas leves, de 20 a 30 milímetros após essa aplicação auxiliam para a dissolução do fertilizante podendo se apresentar prontamente disponível às plantas. Dessa forma, é importante verificar a possibilidade de precipitação pluviométrica nos dias que sucedem a aplicação.

É muito importante que as recomendações de uso referentes a quantidade e formas de aplicação sejam acompanhadas por técnicos especializados e que apresentem experiência de campo e, principalmente, vinculadas a laudos de análise química de solo. Com isso é possível evitar perdas de fertilizante pelo uso excessivo ou perdas de produtividade pelo uso deficiente.

Por Danimar Dalla Rosa – Colunista RRMAIS.

 

RRMAIS.COM.BR “Notícias com Credibilidade” – Guaraniaçu-Pr.

** Envie fotos, vídeos, sugestão de pautas, denúncias e reclamações para a equipe Portal RRMAIS.com.br pelo WhatsApp (45) 9 9132-8230.

 

Galeria de Imagens

  • 01
  • 02
  • 03
Edson da Cunha

Edson da Cunha

Bacharel em Direito pela UNIVEL - Universidade de Cascavel, radialista comunicador e apresentador na emissora de Rádio Viola 98,1FM de Guaraniaçu.