AGRO: Impacto do excesso de chuva na Agricultura do Sul do País

AGRO: Impacto do excesso de chuva na Agricultura do Sul do País

Imagem / Ilustrativa.

Precipitações pluviométricas são essenciais para o bom desenvolvimento das plantas, manter o nível nos reservatórios de água e mananciais, suprir a demanda do consumo animal, além de repor a água dos reservatórios responsáveis pela reserva energética através da produção de energia proveniente das usinas hidroelétrica. Em resumo, a água das chuvas é o que mantém a vida do planeta.

No entanto, apesar de todos sabermos que o cenário ideal seria que as precipitações pluviométricas fossem espaçadas no tempo de maneira uniforme, não é assim que acontece. Estamos à mercê de eventos climáticos que muitas vezes fazem com que passamos por longos períodos de chuvas e muitas vezes sentimos sua falta passando por várias semanas de clima seco, fazendo com que ambos os cenários sejam inconvenientes para manter uma agricultura perfeita.

O que presenciamos nas últimas duas semanas no sul do país é o retrato de um cenário um pouco perturbador para alguns agricultores dessa região. Fortes precipitações que caíram sobre as lavouras, acumulando volumes que passaram dos 300 mm puderam causar alguns danos e merecem atenção quanto ao manejo das lavouras. No entanto, apesar dos altos volumes, a intensidade não foi proporcional, pois, as chuvas ocorridas, foram moderadas e diluídas ao longo de vários dias.

No entanto, lavouras de trigo que não haviam sido colhidas sofreram com a perda de qualidade, reduzindo o peso do hectolitro dos grãos e consequentemente a produtividade, enquanto que lavouras mais atrasadas, que se encontravam na fase final do enchimento de grãos, acabaram sofrendo com o ataque de doenças devido ao longo período de umidade.

Agricultores que apostaram no plantio do milho observaram as plantas se desenvolver em ritmo mais lento que o comum, devido aos dias encobertos e a lixiviação dos nutrientes depositados no sulco durante a semeadura, principalmente nitrogênio e potássio. Aos que apostaram no plantio da soja, a preocupação se concentrava em torno da emergência uniforme, principalmente aonde a opção foi pela semeadura mais profunda, além de serem observadas plantas menos desenvolvidas devido aos dias encobertos, lixiviação de nutrientes e encharcamento excessivo em torno do sistema radicular.

Alguns casos inconvenientes também foram observados devido ao inicio do processo erosivo em algumas lavouras, principalmente as que se encontravam sem cobertura com palhada e aonde as práticas de manejo e conservação do solo se encontravam deficientes.

Apesar de alguns inconvenientes, a chuva provinda nos últimos dias se fez essencial para manutenção do nível de água nos mananciais devido ao longo período de déficit que vínhamos passando. Com certeza as precipitações pluviométricas foram bem vindas e o desejo é que se mantenha de maneira regular ao longo dos próximos meses. Dessa maneira será possível observar as lavouras expressarem seu maior potencial produtivo na nova safra que se inicia.

Por Danimar Dalla Rosa – Colunista RRMAIS

 

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Danimar Dalla Rosa

Danimar Dalla Rosa

Possui curso Técnico em Agropecuária pelo Colégio Agrícola Estadual Ângelo Emílio Grando - Erechim, RS. Engenheiro Agrônomo pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE. Foi bolsista de Iniciação Científica por dois anos consecutivos e bolsista do grupo PET Agronomia da UNIOESTE por mais dois anos. Foi estagiário; entre julho e outubro de 2014; no Setor de Melhoramento Genético da cultura do Trigo na Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola - COODETEC em Cascavel - PR. Mestre na área de Produção Vegetal, linha de pesquisa manejo de culturas pela UNIOESTE e atua como Engenheiro Agrônomo na empresa Fertizan - Comércio de Defensivos Agrícolas. Também atua nas áreas de fruticultura e fitotecnia.