Plano Safra 25/26 da Agricultura Familiar terá R$ 78,2 bi e juros mais altos

Plano Safra 25/26 da Agricultura Familiar terá R$ 78,2 bi e juros mais altos

Foto: Wenderson Araújo/CNA.

O Plano Safra 25/26 da Agricultura Familiar terá R$ 78,2 bilhões em recursos para financiamento de pequenos produtores até junho do ano que vem, apurou a Globo Rural. O montante representa um acréscimo de 3% em relação aos R$ 76 bilhões ofertados na temporada que termina hoje.

O anúncio será feito no Palácio do Planalto nesta segunda-feira (30/6), em cerimônia com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com início previsto para 11h.

Os juros aumentarão até 2 pontos percentuais, conforme havia adiantado a reportagem na semana passada, e vão variar de 0,5% a 8% ao ano no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) conseguiu, no entanto, preservar as linhas consideradas estratégicas e prioritárias, apesar da pressão interna no governo diante do aperto orçamentário para equalização das taxas.

O principal esforço da Pasta foi para manter os juros de 3% ao ano para o custeio de alimentos da cesta básica, como arroz, feijão, mandioca, leite, ovos, trigo e tomate. O movimento foi dificultado por conta da alta Selic para 15%, que influencia o custo de captação dos bancos e aumenta o gasto do Tesouro Nacional com a subvenção em parte dessas taxas.

A produção agroecológica também foi preservada e terá taxa de 2% ao ano. O mesmo vale para a linha de investimentos em máquinas de pequeno porte, com valor até R$ 100 mil, cujos juros ficarão em 2,5% ao ano.

O ministério ainda criou outra faixa para o custeio do Pronaf, destinada à produção de milho, café, uva e outras frutas de inverno, itens que também são destinados ao consumo interno. Os juros serão de 6,5% ao ano na safra 2025/26.

Já as commodities produzidas por agricultores familiares, como soja e pecuária de corte, terão as alíquotas elevadas de 6% para 8%. Em todas as modalidades, o limite de crédito será de R$ 250 mil por produtor.

Ao todo, serão R$ 40,2 bilhões destinados para custeio e R$ 37,9 bilhões para os investimentos. Desses, R$ 43,4 bilhões terão equalização de juros pela União, valor menor que o da safra 2024/25, quando foram R$ 45,4 bilhões nessa modalidade. O número não cresceu porque a Pasta preferiu preservar juros menores nas linhas prioritárias.

Dos recursos equalizados, R$ 16,6 bilhões serão para as linhas de custeio e R$ 26,8 bilhões para os investimentos. O Pronaf ainda terá mais R$ 34,7 bilhões de recursos com juros controlados sem equalização, de fontes como os depósitos à vista, Fundos Constitucionais e recursos do orçamento geral da União.

No caso dos investimentos, além das máquinas de pequeno porte, os juros serão mantidos para as linhas destinadas às mulheres com renda anual de até R$ 100 mil, jovens, agroecologia, bioeconomia, semiárido e floresta (3%), para a compra de tratores, implementos e colheitadeiras com valor até R$ 250 mil (5%) e para o microcrédito (0,5%).

Nas linhas para agroindústria, giro, cotas-partes, silvicultura, mulheres com renda anual acima de R$ 100 mil, aquisição de matrizes e reprodutores e compra de caminhonetes de carga e motocicletas, os juros passarão de 6% para 8%.

Via / Globo Rural

 

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