HUOP é destaque na captação de órgãos para transplantes no Paraná

HUOP é destaque na captação de órgãos para transplantes no Paraná

Em 2024 o Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), junto à equipe da Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), obteve um número expressivo de captação de órgãos alcançando uma taxa de 83% (porcentual médio de autorização dos familiares), superando a média estadual de 72%. No total, foram notificadas 70 Mortes Encefálicas (ME) e desse número, 30 captações de órgãos foram realizadas resultando em 99 órgãos e tecidos captados, ou seja, quase 100 pessoas foram salvas pelas doações. 

O diagnóstico de morte encefálica é regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina. Dois médicos diferentes examinam o mesmo paciente, sempre com a comprovação de exames complementares, que é interpretado por um terceiro médico, para comprovar a morte encefálica. 

Após a comprovação da morte encefálica e a autorização da captação de órgãos pelos familiares; são notificados os pacientes que estão na fila de transplante e que são compatíveis com o possível doador. Depois de todo esse processo é realizada a comunicação entre a equipe responsável pela captação do órgão e a CIHDOTT do HUOP, sendo de responsabilidade dessas equipes a coleta do órgão a ser doado. 

De acordo com a coordenadora da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT/HUOP), Gelena Versa, 2024 foi marcado por conquistas importantes para a equipe e a unidade hospitalar. “Ano passado tivemos uma doação de pulmão, algo muito raro, pois desde a abertura do serviço em 2011 tivemos apenas quatro captações desse órgão. Além da promoção de mais de 50 palestras/treinamentos com o objetivo de conscientização e a importância da doação de órgãos”, diz. 

As pessoas que perdem um ente querido recebem todo o suporte psicoemocional e técnico dos profissionais do HUOP e em 2025, o foco é proporcionar cada vez mais suporte, além da ampliação do serviço, com a implementação de uma equipe médica de captação de órgãos/tecidos com perspectiva do HUOP se tornar um centro transplantador.

Como ser um doador de órgãos no Brasil

Para ser um doador, basta conversar com sua família sobre o desejo. No Brasil, a doação de órgãos é realizada após a autorização familiar. Há dois tipos de doador: o primeiro é o doador vivo. Pode ser qualquer pessoa que concorde com a doação, desde que não prejudique a sua própria saúde. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão. Pela lei, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores. Não parentes, só serão doadores com autorização judicial.

O segundo tipo é o doador falecido. São pacientes com diagnóstico de morte encefálica, geralmente vítimas de catástrofes cerebrais, como traumatismo craniano ou AVC (derrame cerebral). Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado, e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes.

Portal24

 

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