AGRICULTURA: Impactos do conflito no Oriente sobre a produção agropecuária brasileira

AGRICULTURA: Impactos do conflito no Oriente sobre a produção agropecuária brasileira

Imagem / Daminar Dalla Rosa.

Extremamente dependente da importação direta de fertilizantes, nosso país sente hoje os reflexos da batalha travada entre Rússia e Ucrânia e vive a insegurança sobre o abastecimento interno com um dos insumos indispensáveis para manutenção da produção Agropecuária.

Tudo isso porque a Rússia responde pela importação de boa parte dos fertilizantes consumidos pelo Brasil e o conflito iniciado nos últimos dias por aquele país contra seu vizinho fez com que gigantes da importação suspendessem as negociações e também as operações naquele país.

Os reflexos diretos observados internamente na última semana remetem a comentários sobre o desabastecimento generalizados de fertilizantes para os próximos ciclos de cultivo e a preocupação de produtores sobre a questão, apesar de que, autoridades brasileiras afirmam que os estoques internos garantirão o abastecimento até o terceiro trimestre deste ano.

No entanto, a realidade vivida nos dias atuais só traz incertezas, a médio prazo, sobre o futuro da produção da Agropecuária brasileira, e, neste caso, novos parceiros para o fornecimento de fertilizantes devem ser buscados com o máximo de urgência. Caso acordos não sejam concretizados, podemos sofrer as consequências.

No entanto, pensando a médio e longo prazo, reservas minerais nacionais poderão ser exploradas para suprimento interno, pelo menos parcial, dos fertilizantes demandados e essa é uma questão que gera muita crítica sobre a estratégia no comércio desses produtos no país, pois, através da exploração de algumas jazidas internas, amenizaríamos a total dependência externa por fertilizantes e as consequências em situações como as que estamos vivendo seriam bem menores.

Falamos sobre fertilizantes, mas o abastecimento e os preços dos combustíveis que também apresentam extrema importância na produção Agropecuária nacional, também vem sendo impactado devido ao conflito. Isso porque, países do oriente são os principais produtores e fornecedores mundiais e, obviamente, também responsáveis pelos ajustes comerciais.

No entanto, com o enfraquecimento da produção Agropecuária brasileira, diretamente responsável pela produção de alimentos, as exportações desses produtos também estariam comprometidas, afetando o mercado oriental e, consequentemente, aqueles países em conflito. Isso poderá trazer um desabastecimento de alimentos atingindo civis e também tropas em combate.

Com esse ponto de vista, o que devemos fazer é nos preocupar com um planejamento estratégico nacional de longo prazo para fortalecer nossa economia, com acordos internacionais que sejam efetivos, mas sem esquecer de buscar a independência interna, e, principalmente, nesse momento, acreditar em um cessar fogo, o mais breve possível, evitando a perda de vidas em ambos os lados do conflito.

Por Daminar Dalla Rosa / Colunista RRMAIS.

 

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Edson da Cunha

Edson da Cunha

Bacharel em Direito pela UNIVEL - Universidade de Cascavel, radialista comunicador e apresentador na emissora de Rádio Viola 98,1FM de Guaraniaçu.