AGRICULTURA: Utilização de Microorganismos benéficos na agricultura

AGRICULTURA: Utilização de Microorganismos benéficos na agricultura

Imagem / Danimar Dalla Rosa. 

Os microorganismos são organismos de tecido não diferenciado, macro ou microscópicos que podem viver em forma isolada ou em colônias, representados basicamente por fungos e bactérias, embora algumas classificações incluam os vírus. Esses organismos foram os primeiros habitantes terrestres e, com certeza, coevoluíram junto com as demais espécies, principalmente as vegetais e de importância econômica utilizadas na agricultura atual. 

A coevolução existente entre o passar dos séculos também fez com que houvesse interações entre os próprios microorganimos e também destes com insetos, animais e vegetais das mais variadas espécies. Essas interações, nem sempre resultam em benefícios para ambas as espécies, pois, muitas vezes esses microorganismos são responsáveis por ocasionar doenças graves em plantas e animais necessitando interferência humana para barrar sua ação e amenizar os prejuízos em cultivos ou produções comerciais. 

No entanto, ao passar do tempo, a humanidade descobriu os benefícios que muitos dos microorganimos podem trazer quando aplicados em ações voltadas ao seu próprio benefício, como por exemplo desenvolvimento da agricultura. Um exemplo clássico são as associações simbióticas entre rizobactérias do gênero Bradyrhizobium e plantas leguminosas. Nessa associação em específico, ambos os organismos são beneficiados e se desenvolvem harmonicamente potencializados pela associação. 

Esse exemplo é um dos milhares que ocorrem na natureza de forma espontânea, muitos desses com certeza ainda não descobertos ou pouco estudados pela humanidade. No entanto, não são somente as associações simbióticas que trazem benefício ao desenvolvimento e produtividade das plantas. Microorganismos denominados promotores do crescimento vegetal que apresentam vida livre na natureza vem sendo estudados fortemente nos últimos anos, assim como aqueles responsáveis por causar doenças em insetos que atacam plantas. 

Esses estudos, praticados por instituições de pesquisa, órgãos governamentais e até mesmo empresas de capital privado demonstram a ação direta ou indireta de fungos e bactérias em benefício ao desenvolvimento e proteção de plantas contra pragas e doenças. 

Nesse contexto, a ideia básica resume-se em analisar através de estudos aprofundados, os mecanismos envolvidos na associação, compostos produzidos e resultados esperados e a partir daí, em biofábricas, multiplicar esses microorganismos e submetê-los em condições de estabilidade para que em um segundo momento sejam introduzidos no ambiente, por exemplo lavouras, em um processo chamado de inoculação, para que possam se desenvolver e trazer os benefícios tanto esperados. 

São exemplos amplamente utilizados na agricultura nos dias atuais os efeitos de algumas bactérias do gênero Pseudomonas e Bacilus e fungos do gênero Trichoderma e Azospirillum no desenvolvimento de plantas devido a produção de substâncias benéficas ou solubilização de nutrientes no ambiente de crescimento. Fungos do gênero Metarhizium e Beauveria são hoje utilizados para controle de pragas que atacam lavouras causando enormes prejuízos. 

Esses exemplos refletem os resultados de anos de pesquisa e muita dedicação de profissionais envolvidos e motivados pelos resultados que a ciência pode trazer quando executada de maneira incansável. Muito ainda há que se descobrir em um universo onde o número de espécies destes chamados microorganismos, supera qualquer outra forma de vida do planeta. 

Por Danimar Dalla Rosa – Colunista RRMAIS 

 

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Edson da Cunha

Edson da Cunha

Bacharel em Direito pela UNIVEL - Universidade de Cascavel, radialista comunicador e apresentador na emissora de Rádio Viola 98,1FM de Guaraniaçu.