Dar vida através da fotografia diante a um acontecimento na vida de alguém requer muita sensibilidade. Quantas vezes você já fotografou alguém que, ao ver a imagem questionou o ângulo, algo que apareceu no corpo que não gosta...famoso complexo.

Complexo. A partir do dicionário temos: perturbação, problema, dificuldade, inquietação, inquietude, preocupação, timidez, desvio, complicação, confusão, atrapalhação, distúrbio, disfunção.

Imagine você, como um psicólogo, tratar o complexo, o trauma de alguém vivido na infância ou fase adulta diante sua própria imagem no espelho. O que o psicólogo orientaria? O que já te orientaram? Agora transmita a uma pessoa através da fotografia, que aquilo que ela vê como um problema, algo vergonhoso, feio e confuso, como algo lindo, de apoderamento e orgulho...e a partir desse dia, mudar de uma vez por todas a vida dessa pessoa.

Outra situação temos, o fim de um relacionamento onde houve abuso da imagem, onde o(a) modelo se perdeu por anos sem saber mais quem é e precisa se resgatar.

Minha função, que lutei por anos sem saber qual era nesse mundo, é resgatar a vida de uma mulher que virou mãe e esqueceu de si, esqueceu que seu cabelo é lindo, que seu olhar é sem igual, do homem que sua última lembrança fotográfica foi na formatura da infância, ou da faculdade, porque entre eles há a ignorância, entre próprios homens uns com os outros se maltratam com palavras pejorativas que impedem de se auto fotografarem devido o que o outro vai pensar, ou do casal que só vive para os filhos e por anos se esqueceram da vida a dois, dos olhares entre si, da dança, do afago, do abraço, do beijo, e da criança/adolescente que sofreu bullying, que tem medo de sorrir, que curva os ombros numa posição fetal indicando medo, que quer se esconder atras de roupas largas, do silêncio na conversa, do medo de se expor ou então dos lindos bebês que jamais se lembrariam como eram quando tinham o tamanho de uma abóbora e portanto apresento-lhes a missão da minha vida: “para os olhos lembrarem quando o coração esquecer”.

A vida é feita de fases, e eu quero partilhar a vida boa com vocês. Porque eu vejo o mundo belo, com curvas, e colorido. A maldade que eu também já sofri, os traumas que eu também já passei, faço parecer uma formiguinha perto de tão grandioso ser existe em cada pessoa que fica no meu caminho (da minha lente no caso) e assim impressionar, não só no campo profissional, mas no campo pessoal também.

Fotografia é um campo que requer mais estudo psicológico do que técnico, e eu vou abordar isso com vocês além de, é claro, ângulos e iluminação indicado para cada situação, o que varia de acordo com cada personalidade.

Prazer, Patricia

Vamos conversar sobre a psicologia da fotografia?

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