Imagem: PMP/Divulgação

Paranaguá, no Litoral do Paraná, se destaca como um caso de sucesso em mobilidade urbana no país. Estimativas recentes apontam que cerca de 84% dos moradores utilizam a bicicleta como principal meio de transporte no dia a dia, um índice que pode chegar a quase 90% da população total do município (cerca de 150 mil habitantes, segundo o IBGE).

O protagonismo da bike na cidade é histórico. Em 2021, a Superintendência Municipal de Trânsito (Sumtran) já registrava aproximadamente 135 mil ciclistas circulando diariamente, reforçando a cultura do pedal no trabalho, lazer e compromissos diários.

Novas Regras para Bikes Elétricas e Ciclomotores

Com um volume tão grande de ciclistas, a cidade precisa se adaptar às mudanças na legislação nacional. Em dezembro, a Prefeitura iniciou uma nova campanha de orientação sobre as alterações na circulação de veículos trazidas pela Resolução nº 996 do Contran.

Para Bicicletas Elétricas:

• Regra: Continuam equiparadas à bicicleta comum.

• Potência Máxima: Motor de até 1.000 watts.

• Funcionamento: Apenas no sistema de pedal assistido.

• Velocidade Máxima: 32 km/h.

• Exigências: Não é necessária habilitação ou emplacamento.

Para Patinetes e Monociclos Elétricos:

• Regra: Devem respeitar o limite de velocidade de 32 km/h.

• Circulação: Permitida apenas em ciclovias e ciclofaixas.

• Segurança: A Sumtran orienta o uso de capacete e alerta que qualquer alteração no sistema de velocidade original de fábrica é proibida.

Para Ciclomotores (Cinquentinhas):

• Regra: Passam a seguir normas semelhantes às de motocicletas.

• Potência: Motor elétrico de até 4.000 watts ou a combustão de até 50 cilindradas.

• Circulação: Permitida exclusivamente em vias urbanas (proibida em ciclovias e ciclofaixas).

• Exigências: Obrigatório possuir CNH (categoria A) ou ACC, além de placa e registro do veículo.

A Sumtran reforça que as bicicletas com motores instalados de forma artesanal continuam proibidas de circular, por não oferecerem segurança e não estarem regulamentadas. O objetivo é usar a educação no trânsito para reduzir riscos em uma cidade onde a bicicleta é o principal modal de transporte.

Via: Bem Paraná 

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