Imagem: Pixabay
A crescente inserção da Inteligência Artificial (IA) no campo da Medicina promete revolucionar o diagnóstico e tratamento de doenças, mas levanta questões éticas urgentes. O uso de algoritmos, que hoje auxiliam desde a interpretação de exames de imagem até a sugestão de planos de tratamento, precisa ser regido por um conjunto de princípios para garantir a segurança e a equidade do paciente.
OS PRINCÍPIOS ÉTICOS FUNDAMENTAIS
Para que a IA seja uma ferramenta aliada e não um risco no setor da saúde, cinco pilares éticos são considerados essenciais, segundo especialistas:
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1. Autonomia e Consentimento Informado: O paciente deve ser plenamente informado sobre o uso da IA em seu caso e ter a capacidade de decidir se aceita ou não o tratamento ou diagnóstico assistido pela tecnologia. A escolha do paciente deve prevalecer.
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2. Não Maleficência e Segurança: A IA deve ser desenvolvida e aplicada de forma que garanta a segurança do paciente e evite danos. Isso exige que os algoritmos sejam robustos, confiáveis e passem por validações rigorosas antes de serem utilizados clinicamente.
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3. Beneficência e Qualidade: A tecnologia deve gerar um benefício real e comprovado para o paciente, melhorando a qualidade do cuidado e os resultados clínicos.
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4. Justiça e Equidade: Os algoritmos de IA não devem perpetuar ou ampliar preconceitos ou disparidades já existentes no sistema de saúde. É fundamental garantir que a IA seja acessível e funcione de forma justa para todos os grupos populacionais, independentemente de raça, gênero ou condição socioeconômica.
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5. Transparência e Explicabilidade (Explicabilidade): Os profissionais de saúde e, em certa medida, os pacientes, precisam entender como o algoritmo chegou a uma determinada conclusão. A falta de transparência ("caixa preta") impede a fiscalização e a correção de erros e dificulta a confiança na ferramenta.
O PAPEL DO PROFISSIONAL DE SAÚDE
É crucial ressaltar que a IA atua como uma ferramenta de apoio, e não como substituta do médico. O profissional de saúde mantém o papel central na tomada de decisões finais, utilizando a IA para potencializar suas capacidades, mas sempre com base em sua experiência e julgamento clínico. A responsabilidade última pelo diagnóstico e tratamento continua sendo humana.
Via: G1
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