Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF
O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, foi condenado nesta quinta-feira (4) pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) a 12 jogos de suspensão e multa de R$ 60 mil por suposta manipulação em partida do Campeonato Brasileiro.
O julgamento envolveu a acusação de que o jogador teria compartilhado, de forma antecipada, a informação de que receberia um cartão amarelo no duelo entre Flamengo e Santos, em 2023, para favorecer um esquema de apostas esportivas ligado a amigos e familiares.
Bruno Henrique durante a partida entre Flamengo e Internacional pela Copa Libertadores, no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre. Um jogador de futebol está em campo, com a mão cobrindo o rosto, demonstrando emoção. O atleta de 29 anos foi enquadrado pela Procuradoria do STJD em dois artigos do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva): 243 e 243-A.
Considerado culpado
A primeira fala sobre “atuar deliberadamente, de modo prejudicial à equipe que defende”. O segundo trata de “atuar, de forma contrária à ética desportiva, com o fim de influenciar o resultado de partida, prova ou equivalente”.
No voto dos auditores do STJD, Bruno Henrique foi considerado inocente pelo artigo 243, já que não ficou comprovado que o jogador buscou deliberadamente prejudicar a equipe com o recebimento do cartão.
No entanto, ele foi considerado culpado pela maioria dos auditores pelo artigo 243-A. “Houve efetivamente atitude que viola a ética desportiva”, afirmou o relator do caso no STJD, Alcino Guedes.
“Gostaria de reafirmar minha inocência e que jamais cometi as infrações que estou sendo acusado”, afirmou o jogador, que acompanhou ao julgamento de mais de sete horas por videoconferência.
O atacante ainda pode recorrer ao Pleno do STJD contra a decisão, proferida pela primeira comissão disciplinar da corte.
“No Pleno, a pena pode ser mantida, reduzida, aumentada ou até anulada. Esse duplo grau de jurisdição é previsto justamente para garantir mais equilíbrio e justiça nas decisões”, disse Felipe Crisafulli, sócio do Ambiel Bonilha Advogados e especialista em direito desportivo.
Em caso de nova decisão desfavorável, Bruno Henrique ainda poderá recorrer ao CAS (Tribunal Arbitral do Esporte), com sede na Suíça.
Segundo caso
Em novembro de 2024, o jogador foi alvo de operação da PF e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado). Na ocasião, policiais federais e agentes do Gaeco foram ao Ninho do Urubu, o centro de treinamento do Flamengo, em Vargem Grande, zona oeste do Rio, para cumprir mandados de busca e apreensão.
Também foram à casa do jogador, que entregou aparelhos eletrônicos aos agentes.
A PF localizou mensagens no celular de Wander Nunes Pinto Junior, irmão de Bruno Henrique, indicando que o atleta antecipou que receberia um cartão amarelo durante a partida contra o Santos.
Via: Estadão
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