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Um novo estudo publicado na prestigiada revista científica Nature trouxe mais clareza sobre o mecanismo biológico por trás do fator protetivo da amamentação contra o câncer de mama. Pesquisadores descobriram que mulheres que amamentam desenvolvem células imunológicas mais especializadas, que se instalam no tecido mamário e podem atuar como "guardas" de defesa por décadas.
Segundo o estudo, essas células imunológicas — chamadas células T CD8+ protetoras — se acumulam na mama após um ciclo completo de gravidez, amamentação e recuperação. Elas são responsáveis por atacar células anormais que podem dar origem ao câncer. O efeito protetor dessas células foi confirmado em experimentos pré-clínicos.
A hipótese levantada pelos cientistas é que essas células de defesa podem ter evoluído para proteger as mães no período pós-parto, mas também atuam na redução do risco de câncer de mama, particularmente o subtipo triplo-negativo, considerado o mais agressivo.
A pesquisa analisou dados de mais de mil pacientes e constatou que mulheres que amamentaram apresentavam tumores com um número maior dessas células T protetoras, o que, em alguns grupos, estava associado a uma sobrevida maior após o diagnóstico.
Embora já se soubesse que ter filhos e amamentar reduz o risco de câncer de mama, a explicação se concentrava mais em alterações hormonais. O novo estudo sugere que as alterações imunológicas desempenham um papel crucial na proteção contra o tumor, abrindo portas para o desenvolvimento de novas abordagens de prevenção e tratamento da doença.
Via: CNN Brasil
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