Imagem:  Divulgação/Ministério das Relações Exteriores de Israel

O governo de Israel confirmou nesta segunda-feira (6) a deportação da ativista climática sueca Greta Thunberg e de mais 170 integrantes da Flotilha Global Sumud, que tentava levar ajuda humanitária por via marítima para a Faixa de Gaza.

A flotilha, composta por mais de 40 embarcações, foi interceptada por militares israelenses na última quarta-feira (1º), ao tentar romper o bloqueio naval imposto ao território palestino.

Detalhes da Deportação e Denúncias

Os ativistas deportados, que são cidadãos de quase 20 países (incluindo Suécia, França, Itália e Estados Unidos), foram enviados em aviões para países como Grécia e Eslováquia.

Durante e após a detenção, ativistas denunciaram terem sofrido maus-tratos e violência física em prisões israelenses, como a unidade de segurança máxima de Ketziot, no deserto de Negev. O Ministério das Relações Exteriores da Suécia chegou a relatar que Greta Thunberg estava sendo submetida a tratamento severo, com desidratação, pouca comida e erupções cutâneas.

Em resposta, o governo de Israel negou veementemente as acusações, classificando-as como "mentiras descaradas" e parte de uma "campanha de notícias falsas pré-planejada" e um "espetáculo de relações públicas". O governo israelense insiste que todos os direitos legais dos detidos foram respeitados.

Situação dos Brasileiros

O grupo de deportados não incluía a maioria dos 13 brasileiros detidos, entre eles a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) e o ativista Thiago Ávila, que permanecem sob custódia em Israel no centro de detenção de Ketziot. O Itamaraty confirmou que representantes diplomáticos visitaram os brasileiros, que, segundo o governo, estão em boas condições de saúde.

Apenas um dos integrantes da delegação brasileira, que também possui cidadania italiana, foi deportado para a Itália.
Via: G1