Imagem: Marcelo Camargo

Uma nova biofábrica do método Wolbachia foi inaugurada na região do Guará, a cerca de 10 km de Brasília, com o objetivo de reforçar o combate à dengue, zika e chikungunya. Mosquitos Aedes aegypti infectados com a bactéria Wolbachia começaram a ser soltos no Distrito Federal e nos municípios goianos de Valparaíso de Goiás e Luziânia como parte dessa ação.

A tecnologia funciona inserindo a Wolbachia nos mosquitos, impedindo que os vírus responsáveis pelas doenças se multipliquem no organismo do inseto. O objetivo é substituir a população transmissora atual pelo mosquito “Wolbito”, que não transmite os vírus mencionados.

Nos seis primeiros meses de 2025, o Brasil registrou redução de 75% nos casos de dengue e 73% nas mortes pela doença. Mesmo assim, o Ministério da Saúde prevê que setembro seja essencial para orientar a população, identificar regiões com maior incidência do mosquito e monitorar os efeitos do aumento da temperatura média nas cidades.

A nova unidade tem capacidade para produzir cerca de 6 milhões de mosquitos adultos por semana, distribuídos em 20 mil potes semanalmente. A operação envolverá 26 viaturas e 52 servidores todos os dias, beneficiando dez regiões administrativas do Distrito Federal e dois municípios de Goiás, alcançando mais de 750 mil pessoas.

O método Wolbachia já é aplicado em 16 cidades brasileiras. Em Niterói (RJ), por exemplo, a adoção do método levou a uma queda de 88% nos casos de dengue. Novas localidades previstas para receber a iniciativa ainda neste ano incluem Natal (RN), Uberlândia (MG) e Presidente Prudente (SP).
Via: CNN Brasil

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