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O Clonazepam, o calmante mais vendido no Brasil, está no centro de uma crescente preocupação de saúde pública: seu uso irregular e prolongado está gerando uma "dependência silenciosa" que afeta, principalmente, a população idosa.

Conhecido por seu rápido efeito ansiolítico, o Clonazepam pertence à classe dos benzodiazepínicos, que agem reforçando o neurotransmissor GABA e reduzindo a atividade cerebral. Embora seja indicado oficialmente para crises convulsivas, epilepsia, pânico e distúrbios do sono, o alívio imediato que proporciona o torna atraente para o uso indevido.

Os Riscos para a Terceira Idade

Especialistas alertam que, no caso dos idosos, o medicamento frequentemente se torna uma "anestesia emocional", utilizada para lidar com a solidão, o luto e o medo, sentimentos comuns nessa faixa etária. O problema é que o uso indevido e sem acompanhamento adequado transforma o tratamento de um sintoma (como a insônia) em um uso crônico, que se "eterniza".

Entre os principais malefícios do uso prolongado, destacam-se:

• Dependência Física e Psicológica: O paciente passa a depender do medicamento para tarefas cotidianas.

• Riscos Físicos Agravados: O uso contínuo pode comprometer o equilíbrio, aumentando drasticamente o risco de quedas e fraturas, além de provocar confusão mental. Essas condições são especialmente perigosas para idosos, elevando a probabilidade de internações.

Em 2024, o volume de Clonazepam comercializado superou outros ansiolíticos, como Alprazolam e Bromazepam, consolidando sua liderança de vendas e a necessidade urgente de conscientização sobre seus perigos.
Via: G1