Imagem: G1
Efeito "rebote", retorno do apetite e perda de massa muscular estão entre os principais desafios após o fim do uso de medicamentos como Ozempic e Wegovy. Especialistas alertam para a necessidade de uma "estratégia de saída" acompanhada por médicos.
As chamadas "canetas emagrecedoras" (análogos de GLP-1) revolucionaram o tratamento da obesidade em 2025, mas uma dúvida paira sobre os usuários: o que acontece quando se para de injetar a medicação? De acordo com relatos médicos e estudos recentes divulgados pelo G1, a interrupção abrupta pode trazer de volta o "barulho da comida" (food noise) de forma avassaladora.
O medicamento atua imitando hormônios que indicam saciedade ao cérebro e lentificam o esvaziamento do estômago. Sem a substância, esse "interruptor" da saciedade é desligado, e o corpo pode reagir com um apetite ainda maior do que antes do tratamento.
Os Riscos da Interrupção Sem Planejamento
Especialistas apontam que a manutenção do peso perdido é o maior desafio. Confira os principais pontos de atenção:
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Efeito Rebote: Estimativas sugerem que pacientes podem recuperar de 60% a 80% do peso perdido em um período de um a três anos após pararem a medicação, caso não haja mudança drástica no estilo de vida.
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Retorno do Apetite: O desejo por comida, especialmente alimentos calóricos, pode voltar como uma "avalanche" já nos primeiros dias após a suspensão.
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Perda de Massa Magra: Muitos usuários perdem músculos junto com a gordura. Sem o estímulo do remédio e sem exercícios de força, o metabolismo fica mais lento, facilitando o ganho de gordura posterior.
A "Estratégia de Saída"
Médicos enfatizam que a obesidade é uma doença crônica e não uma deficiência hormonal temporária. Para quem deseja parar o uso, a recomendação é o desmame gradual (redução lenta das doses) aliado a:
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Apoio Psicológico: Para lidar com a compulsão alimentar e o gatilho emocional.
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Musculação: Essencial para manter o metabolismo ativo.
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Educação Alimentar: Reaprender a comer sem a "ajuda" química da saciedade forçada.
O custo elevado do tratamento e os efeitos colaterais, como queda de cabelo e náuseas, são os principais motivos que levam os pacientes a abandonarem as canetas. No entanto, o alerta é claro: o remédio é uma ferramenta, não uma cura definitiva.
Via: G1
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