Imagem / Divulgação.
Doar leite, é um ato de amor e vida, são muitos os bebês que já dependeram ou dependem do leite humano para sobreviver. O Banco de Leite do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP) tem o objetivo mudar vidas que necessitam, e assim oferecer o melhor a elas, promovendo, protegendo e auxiliando a amamentação, principalmente às mães que possuem alguma dificuldade relacionada ao tema.
O Banco de Leite oferece todo suporte psicoemocional para mães que estão com dificuldade no processo da amamentação, ensinando qual a forma/pegada correta do bebê ser alimentado através das técnicas repassadas pelos profissionais qualificados.
Em média são coletados cerca de 250 litros de leite humano por mês, que segundo a legislação, devem ser distribuídos primeiramente para os prematuros que estão na maternidade, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) do HUOP, bebês com baixo peso também recebem atendimento. Diariamente no HUOP cerca de 25 bebês prematuros recebem leite materno que passou por todo o processo no Banco de Leite.
Para Daniele, mãe de primeira viagem, todo o processo de amamentação a ajudou nos primeiros dias com a filha, por isso ela defende a doação do leite materno.
“Eu tenho muita produção de leite, estou aprendendo bastante e a gente pensa que sabe, mas na prática é totalmente diferente. Aqui no Banco de Leite é tudo excelente, as meninas ajudam bastante, sabem o jeito de ensinar cada mãezinha na hora da amamentação. O recado que deixo é: Me coloquei no lugar de outras mães que estão passando pelo período de amamentação e não conseguem produzir o leite materno, por isso decidi doar, para fazer a diferença,” explicou a jovem.
A enfermeira do Banco de Leite, Anelise Vieczorec, explica que todo começo de ano a doação de leite materno é baixo e o impacto é sentindo normalmente na segunda quinzena do mês, por isso a importância da doação.
"Aquela mãe que tem muita produção leite pode desenvolver problemas durante a lactação que são evitados apenas com a retirada correta do leite. Então doar mantém a produção em alta, pode ser realizada em casa e evita problemas mamários. A doação de leite ajuda um outro bebê, e faz com que a mãe se sinta bem, porque quando você sabe que aquilo está ajudando alguém, só te traz um retorno positivo", comenta Anelise.
Anelise explica mais sobre o processo de doação que pode ser realizado em casa: "nós fornecemos os frascos, a família entra em contato com essas mães, busca o leite na casa delas, traz pra gente, pasteurizamos e fornecemos pra essa família o leite que ela trouxe".
Existem famílias que não estão com o bebê hospitalizado, porém precisam do leite materno, essas famílias devem procurar doadoras e quando encontrarem, podem entrar em contato com o Banco de Leite, e participam de um processo.
ATENDIMENTO NA REGIÃO
O Banco de Leite atende outros municípios, além de Cascavel. Os transportes municipais vêm para a cidade todos os dias, então é orientado às mães a tirar o leite em casa, levar até a Unidade Básica de Saúde (UBS) e o leite é mandado pelo transporte com todas as condições necessárias. "Esse leite sempre vem com todo o cuidado, todo o rigor, ar-condicionado, em uma caixa térmica com gelo", informa Anelise. O Banco de Leite também disponibiliza os frascos de vidro para essas mães, que são esterilizados e levados pelo transporte.
PASTEURIZAÇÃO
A pasteurização do leite é muito importante para o bebê que vai receber a doação, pois é um processo que elimina todos os tipos de vírus, bactérias e outros microrganismos que possam causar alguma doença no bebê. É através da temperatura, do aquecimento do leite que a pasteurização consegue realizar o processo. Além disso, após esses exames é feito outro, para certificar que a pasteurização foi eficaz. "Tudo isso é para termos certeza da qualidade desse leite que é oferecido ao bebê", diz Anelise.
ESTOQUE
Hoje, o Banco de Leite do Huop está com um estoque consideravelmente bom, porém, janeiro é uma época preocupante, pois as doações diminuem bastante. As mães acabam se envolvendo com viagens e festas de final de ano, visitas, são muitas funções que acabam não tirando o leite, e acaba impactando no estoque. Então dezembro e janeiro é um período bem crítico nos bancos de leite no Brasil, "sempre pedimos para aquelas mães que são doadoras, se tiverem a possibilidade de manter a sua doação, que elas mantenham, e as que ainda não são doadoras, se elas puderem, entrar em contato com o Banco de Leite e que façam o cadastro porque a gente não tem essa carência", reforça a enfermeira.
ASSISTÊNCIA E ORIENTAÇÃO
O Banco de Leite também faz assistência às mulheres com dificuldades na amamentação. Independentemente de onde ela tenha ganho o bebê, se ela está amamentando e está com dificuldade na amamentação, ela pode vir até o Banco de Leite, onde é feita a assistência no aleitamento materno.
Anelise cita alguns casos de mães que precisam dessa orientação, "Mãe com fissura, com o peito machucado, empedrado, com mastite, alguma situação em que de repente a mãe fique angustiada em relação a aquilo ou pouco leite". Nesses casos e em muitos outros, a mãe procurar o Banco de Leite para receber orientação e assistência. Além disso, as gestantes também recebem orientação, basta ligar no Banco de Leite e agendar um horário para receber essa orientação sobre a amamentação.
Para Vanderleia Kurpel, é mãe de segunda viagem e procurou o Banco de Leite para acertar a pega de amamentação do filho de apenas 18 dias, para ela todo suporte e processo que a instituição oferece é algo que fez toda a diferença.
“Eu tentei por 17 dias amamentar meu filho em casa, cheguei aqui com febre e os dois peitos empedrados. Fui acolhida e aprendi novamente como amamentar da forma correta, meu maior medo era meu filho precisar de fórmula na mamadeira, por isso a importância da doação do leite materno para o Banco de Leite do HUOP”, relatou Vanderleia.
Via / Preto no Branco
RRMAIS.COM.BR “Notícias com Credibilidade” – Guaraniaçu-Pr.
** Envie fotos, vídeos, sugestão de pautas, denúncias e reclamações para a equipe Portal RRMAIS.com.br pelo WhatsApp (45) 9 9132-8230.