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Pais dos alunos da rede municipal de ensino de Quedas do Iguaçu, no Sudoeste do Estado, organizam para amanhã (10) uma mobilização na cidade. O motivo é o não retorno das aulas, que era previsto para o dia 6 de fevereiro e, por enquanto não há nenhuma previsão de mudança.
De acordo com Ana Delay, que é mãe de um dos alunos, eles irão da Praça Pedro Alzides Giraldi até a Prefeitura. "Estamos fazendo cartazes, faremos panelaço, até que essa situação seja resolvida. Nós apoiamos os professores, mas precisamos que nossas crianças estejam em sala de aula. Muitos pais precisam disso para poder trabalhar".
A reportagem do Preto no Branco conversou com a presidente do Sindicato dos Servidores, Joceli Carpes. Segundo ela, é lamentável que os professores e os pais estejam passando por uma situação assim. "Os professores de Quedas não recebem o piso nacional do magistério, determinado pelo Governo Federal. Além disso, não nos foi repassado o reajuste anual da inflação. A alegação é de que os professores não tinham direito a isso, que para os outros servidores foi de 33,24%. Na oportunidade, em março do ano passado, o prefeito procurou o sindicato oferecendo 10,16%, alegando falta de orçamento e prometendo fazer um estudo para ajustar o restante do índice, que ficou pendente. Se passou um ano, e nenhuma proposta foi apresentada para a categoria".
Conforme Joceli, em novembro os professores procuraram o sindicato e, em reunião, foi deliberado que se administração não apresentasse uma proposta plausível para repor a defasagem de 2022 a categoria não voltava as atividades no ano de 2023. "E para 2023 o reajuste do piso é de 14,95%".
Como os professores não receberam nenhuma proposta, uma greve foi iniciada. Ao longo da semana reuniões foram feitas entre a Prefeitura e o Sindicato e, no início da semana, o Município havia proposto reajuste da seguinte maneira: 7% em fevereiro, 3,5% em maio, 3,5% em agosto e 1,0% em outubro.
Porém, nesta quinta-feira (09), em documento assinado pelo prefeito Elcio Jaime da Luz, o Município voltou atrás na proposta. Além de oferecer 7% em fevereiro, 3,5% em junho e 3,5% em outubro, no documento consta ainda a informação de que, por conta da situação orçamentária e financeira, 'serão realizadas contenção de despesas na Secretaria Municipal de Educação, tais como: cortes de regimes suplementares, servidores contratados pelo Processo Seletivo Simplificado - PSS, fechamento de escolas, e/ou outras medidas que a Administração Pública entender necessárias'. Confira aqui o documento na íntegra.
Para a presidente do Sindicato, isso é uma afronta para pais e professores. "A categoria foi afrontada com uma proposta da qual não foi a que foi proposta ao sindicato e a comissão que representa os professores. Proposta aquela que a própria imprensa da da administração divulgou nas suas redes sociais. Eu como presidente só tenho a dizer que é lamentável o professor ter que estar passando por tudo isso".
Por Preto no Branco
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