Imagem / Poder 360.
O primeiro ano do 3º mandato do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terminará com um déficit próximo de R$ 145 bilhões, ou 1,4% do PIB (Produto Interno Bruto).
De acordo com a publicação, o montante desconsidera o pagamento de precatórios que será custeado com crédito extra de mais de R$ 90 bilhões.
pesar da retirada da cifra do cálculo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não cumpriu a promessa de entregar um rombo fiscal próximo de 1% do PIB, algo perto de R$ 100 bilhões.
Haddad defendeu que isso se deve que à gestão anterior, de Jair Bolsonaro (PL), que, segundo ele, entregou as contas “desarrumadas”. Ele afirma que teve que pagar Estados e municípios pela perda de arrecadação com o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
Ainda sobre o assunto, o ministro também disse que foi preciso elevar o valor do Bolsa Família. Haddad havia dito anteriormente que o déficit seria menor que 1% do PIB mas essa possibilidade está descartada segundo o último Relatório Bimestral de Receitas e Despesas.
O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, declarou que o dano será em torno de 1,4%, ou de R$ 140 bi a R$ 147 bi. O Prisma Fiscal do Ministério da Fazenda, que reúne mediana das projeções de analistas do mercado financeiro, também afirmou será este valor. O governo Bolsonaro enviou o Orçamento de 2023 com um déficit de R$ 63,7 bi.
Haddad citou que, além do déficit previsto e a falta de recursos para o Bolsa Família, faltava dinheiro para a Previdência Social. Segundo o ministro, não é uma reclamação ou acusação ao governo anterior, mas “um dado real, concreto da realidade”.
Um fato é que as despesas do governo cresceram acima da inflação. De janeiro a outubro, as despesas subiram de R$ 1,578 trilhões em 2022 para R$ 1,668 trilhões, uma alta real (considerada a inflação) de 5,7%. As contas do governo registraram déficit de R$ 75,09 bi no período.
Com informações de Poder 360
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