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Segundo levantamento realizado no Brasil pelo Grupo Nature, e publicado na Scientific Reports, duas em cada 10 brasileiras com câncer de mama possuem herança genética familiar. Por meio de testes genéticos é possível identificar genes de mutação que se associam à doença.
Casos específicos
Na realidade, por mais que haja histórico de câncer na família, não há necessidade de todas as mulheres fazerem os testes genéticos, ele é indicado em alguns casos mais específicos, porém o acompanhamento médico segue sendo essencial.
Deve-se proceder os exames, 10 anos antes de algum familiar já ter tido a doença, por exemplo se alguém da família teve o câncer aos 50 anos, deve-se iniciar aos 40.
Contudo, cada caso é individualizado de acordo com a história familiar. Por isso, é orientado que essas mulheres já procurem um especialista ainda jovens para calcular o risco individual aproximado e definir quando o acompanhamento deverá ser realmente iniciado.
“É recomendada que a primeira consulta com cirurgião oncológico especialista em Oncologia Mamária ou mastologista seja a partir dos 20, 25 anos para que seja realizado um exame físico, cálculo de risco individual e definição da melhor época para início do rastreio”, destacam os oncologistas.
Mutação genética
O teste genético, que identifica genes de mutação associados à doença, tem recomendação somente para históricos de riscos mais elevados. “Ele é indicado para mulheres com história familiar de parente de primeiro grau antes dos 45 anos, duas ou mais familiares de primeiro grau com câncer de mama após 50 anos, história de familiar de primeiro grau com câncer de mama bilateral (independentemente da idade), história de familiar de primeiro grau com diagnóstico de câncer de ovário em qualquer faixa etária, história de câncer de mama em homem na família em qualquer grau de parentesco, história pessoal de câncer de mama ou lesões de mama pré-malignas e/ou mutação genética de alto risco confirmada em familiares”, revelam os oncologistas.
Por mais que a herança genética seja um fator de risco, apenas 10% dos tumores se desenvolvem por mutação genética familiar, sendo que 90% dos diagnósticos ocorrem por diversos outros fatores.
Mamografia
Indica-se que as mulheres que não têm casos de câncer de mama na família devem começar a realizar a mamografia a partir dos 40 anos de idade. Adotar uma alimentação equilibrada, praticar exercícios físicos, não fumar, manter um peso corporal adequado e evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas também é fundamental para prevenir o câncer de mama.
Via / jcorreiodopovo.com.br
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