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Segundo dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), de 4 a 17% dos casos de câncer estão associados ao trabalho. No geral, existem 38 tipos de tumores malignos ligados diretamente a alguns determinados tipos de atividades ocupacionais, como câncer de pulmão, pele, bexiga e trato digestivo. Conforme explica a médica oncologista do CEONC Hospital do Câncer, doutora Michelle Herrmann, são doenças que podem surgir devido a influências do ambiente e caso não haja uso correto de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), pode ser que a exposição seja sim, um fator de risco importante.
“Em muitas profissões, o trabalhador é diretamente exposto a substâncias químicas, radiação solar ou fumaça, por exemplo. Nestes casos, já é indicado que a pessoa tenha um cuidado ainda mais especial com a agenda preventiva, visto que a exposição diária pode aumentar o risco de desenvolver câncer”, explica a médica.
Substâncias cancerígenas
Elementos como agrotóxicos, amianto, sílica, metais pesados, solventes, radiação ionizante e radiação solar fazem parte das principais fontes cancerígenas presentes nos ambientes profissionais e industriais. Destes, os dez mais utilizados representam, em média, 85% de todas as mortes interligadas ao trabalho, conforme apontam dados do INCA.
“No setor moveleiro, por exemplo, há uma grande quantidade de poeira expelida durante o manuseio de máquinas e ferramentas para cortar, moldar e lixar a madeira. O pó inalado deposita-se no nariz, na garganta e outras vias respiratórias. O solvente, também utilizado por pintores, prejudica as vias aérea e oral. Estas são duas situações que podem agravar diversos problemas de saúde, assim como possibilitar o desenvolvimento de câncer de pulmão”, descreve a doutora Michelle.
Outros setores, no entanto, também merecem atenção especial. Segundo a médica, um dos principais tipos possíveis de câncer decorrentes do trabalho é o de pulmão, que tem demonstrado estatísticas preocupantes nos últimos anos.
“A cada cem casos de câncer relacionados ao trabalho no mundo, em torno de 54 a 75 são pulmonares. É um câncer de difícil tratamento e diagnóstico, então o mais indicado é que haja uma espécie de autoanálise: se o paciente sabe que está exposto a mais fatores de risco, ele deve estar sempre em dia com exames preventivos, check-ups anuais e, principalmente, estar 100% atento aos sinais que o corpo dá. Qualquer coisinha que saia do normal merece atenção”, alerta Michelle.
Via / Izadóra Lemos/Portal24
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