Imagem / UOL.

A PF prendeu 47 CACs (caçadores, atiradores e colecionadores) que não recadastraram suas armas no sistema do Exército e que, além disso, tinham mandado de prisão em aberto por crimes violentos, como homicídio, roubo, entre outros. Outras 6.168 pessoas ainda podem ser detidas, explicou o ministro Flávio Dino.

O que aconteceu?

Força-tarefa da PF foi realizada em todo o território nacional. O balanço foi informado em coletiva de imprensa pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que explicou que a operação continuará acontecendo.

Posteriormente, a PF diz que essas pessoas podem ter a cassação do porte ou do registro de armas de fogo. O Exército também poderá ser comunicado para cancelar as autorizações dos CACs.

Os presos estão sendo conduzidos às unidades da PF em todo o país e, em seguida, serão encaminhados ao sistema prisional dos respectivos estados.

O ministro afirmou que antes da decisão de recadastramento, não havia controle sobre as armas: "São pessoas que acham que as armas deles eram legais, mas na verdade os detentores eram ilegais. Obviamente porque, uma pessoa que tem mandado de prisão aberto contra si, não preenche o requisito da idoneidade moral", disse. Havia mandados por homicídio, roubo, tráfico, sequestro, entre outros crimes.

E por que nós destacamos isso? Para mostrar o nível de desorganização que vigorava quanto a isso. Verdadeiros escândalos vão emergir progressivamente a partir do recadastramento. Tanto no sentido de armas que sumiram - e nós temos pelo menos 6 mil nessa situação -, e estamos falando de arma de uso restrito, de fuzil, por exemplo.

Dino também falou sobre um novo decreto para restringir o acesso a armas, que deve ser entregue ao presidente Lula por volta do dia 15 de maio: "O recadastramento reforça essa necessidade", justificou.

Nós estamos falando de um país que tem, recadastradas, 939 mil armas. Ou seja, isto provavelmente é maior que o acervo de praticamente todas as polícias militares do país. Já temos muitas armas em mãos privadas no país. Vamos fazer uma mediação, é claro, não vai ser o fim, mas vamos instituir novas regras para clube de tiro, comercialização, restringir a quantidade.

6.168 armas de uso restrito não foram recadastradas

Os números foram divulgados pelo ministro Flávio Dino (Justiça) no Twitter. Segundo ele, nesses casos de armas de uso restrito serão adotadas providências legais.

No caso das armas de uso de permitido, os recadastramentos superaram as armas que estavam cadastradas anteriormente. Antes, o número era de 882.801 e, agora, são 894.890.

No total, o ministro da Justiça informou que quase 1 milhão de armas foram recadastradas pela PF. Destas, 44.264 são de uso restrito.

As armas, anteriormente registradas no Sigma (Sistema de Gerenciamento Militar de Armas), agora estão no Sinarm (Sistema Nacional de Armas), disponibilizado pela PF.

Via / uol.com.br

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