Imagem / Rodrigo Felix Leal.
Com os R$ 487,93 bilhões produzidos no Paraná em 2020, o Estado alcançou a maior participação na formação do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil na sua história: 6,412%. Foram produzidos R$ 487.930.593.783 no Estado de um total de R$ 7.609.597.000.001 da soma de todos os demais e do Distrito Federal. O recorde anterior tinha sido em 2016 (6,409%). Em 2019 esse indicador ficou em 6,312%.
Os dados são do Sistema de Contas Regionais (SCR) e foram divulgados nesta quarta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Eles mostram que o crescimento de 0,1 ponto percentual no Paraná e o recuo de 0,3 p.p. no Rio Grande do Sul foram determinantes para o Estado alcançar o patamar de quarta maior economia do Brasil.
A maior participação do PIB continua sendo de São Paulo, com 31,2%, seguido de Rio de Janeiro (9,9%) e Minas Gerais (9%). Os outros estados do Sul aparecem com 6,2% (Rio Grande do Sul) e 4,6% (Santa Catarina). Amapá, Acre e Roraima, na outra ponta, têm 0,2% do PIB (cada).
A participação nacional da região Sul se manteve em 17,2%, fruto do aumento relativo no Paraná e em Santa Catarina. No Paraná, a maior influência positiva veio da agricultura, e em Santa Catarina do comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas.
Em termos de participação, houve aumento de 0,6 p.p. na região Norte e de 0,5 p.p. no Centro-Oeste. No Sudeste ocorreu redução de 1,1 p.p., enquanto o Nordeste também manteve a sua participação.
SÉRIE HISTÓRICA – Num recorte dos últimos vinte anos no Paraná, a presença do Estado na economia nacional saltou de 5,927% em 2002 para 6,412% em 2022. Naquele começo de século, o PIB nacional era de R$ 1.488.787.276.030, enquanto o estadual era de R$ 88.235.714.979. O Paraná era a quinta maior economia do País.
Ao longo daquela década houve oscilações na série história: 6,405% em 2003, 6,306% em 2004, 5,872% em 2005, 5,713% em 2006, 6,073% em 2007, 5,971% em 2008 e 5,796% em 2010, abaixo do patamar proporcional de 2002.
No começo da nova década houve um retorno do crescimento: 5,875% em 2011, 5,932% em 2012, 6,255% em 2013 (ano que o Estado alcançou a quarta maior economia), 6,023% em 2014, 6,287% em 2015, 6,409 em 2016, 6,400% em 2017, 6,282% em 2018 e 6,312% em 2019.
MUDANÇAS NO RANKING – Em 2020, o PIB do Brasil atingiu R$ 7,6 trilhões, recuando 3,3% em volume. Houve quedas no PIB em 24 dos 27 estados. Oito unidades da Federação trocaram de posição no ranking de participação no PIB entre 2019 e 2020. Ao longo da série histórica, iniciada em 2002, apenas em 2014 e 2016 o número de movimentações de posições foi maior.
O Paraná avançou da quinta para a quarta posição pela segunda vez na história devido ao seu ganho relativo na agropecuária nacional, enquanto no Rio Grande do Sul a perda de posição refletiu sua redução em volume e em participação na mesma atividade.
O Pará, devido ao ganho relativo atrelado às indústrias extrativas, avançou, da 11ª para a 10ª posição, ocupando em 2020 a colocação que até o ano anterior era de Pernambuco. Mato Grosso, que também se destacou em 2020 pelo desempenho da agropecuária, avançou para a 12ª posição, ultrapassando o Ceará, que caiu para a 13ª posição. Mato Grosso do Sul subiu uma posição, para a 15ª, enquanto o Amazonas caiu para a 16ª, pois o primeiro elevou sua participação no PIB, de 1,4% para 1,6%, enquanto o segundo manteve-se com 1,5%, entre 2019 e 2020.
Via / AEN
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