Imagem / Divulgação.
Os países do G7 anunciaram nesta 6ª feira (19.mai.2023) novas sanções contra a Rússia pela guerra na Ucrânia. O grupo está reunido em Hiroshima, no Japão.
Um funcionário de alto escalão da Casa Branca disse ao jornal Financial Times que o novo pacote de restrições “tornará ainda mais difícil para a Rússia alimentar sua máquina de guerra”. As sanções visam “pressionar o setor financeiro russo e a capacidade russa de produção de energia, a médio e longo prazos”, completou.
Os Estados Unidos devem anunciar a proibição de exportações para 70 entidades da Rússia e aplicar 300 sanções a “indivíduos, organizações, embarcações e aeronaves”.
Já o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, disse que proibirá importações de minério russo, importante fonte de receita do Kremlin. “O Reino Unido anunciará hoje [6ª feira, 19.mai] a proibição de diamantes russos, uma indústria que vale US$ 4 bilhões em exportações em 2021, bem como importações de cobre, alumínio e níquel de origem russa”, afirmou comunicado do governo do país europeu.
Também de acordo com o texto, 86 autoridades e empresas do complexo industrial militar russo e pessoas envolvidas em fluxos de receitas importantes, como energia, metais e transporte marítimo, serão sancionadas.
“Como demonstram os anúncios de sanções de hoje, o G7 permanece unido diante da ameaça da Rússia e firme em nosso apoio à Ucrânia”, falou Sunak.
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmou que a UE (União Europeia) também vai restringir o comércio de diamantes russos, além de entregar mais armas e munições para a Ucrânia.
Já o Japão garantiu que “sanções severas contra a Rússia e forte apoio à Ucrânia” serão mantidos. O premier japonês, Fumio Kishida, participou de uma reunião bilateral com sua homóloga italiana, Giorgia Meloni. O comunicado foi resultado do encontro.
O G7 (Grupo dos 7) é formado por algumas das maiores economias do mundo: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.
A guerra na Ucrânia é um dos principais temas do evento, que conta com a participação presencial do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Além de assuntos relacionados ao conflito, estão na pauta da cúpula do G7: a dinâmica inflacionária nas principais economias do mundo, maneiras de enfrentar as vulnerabilidades dos países de baixa e média renda por conta da crise da dívida e formas de acelerar ações voltadas à mudança do clima e à transição energética, entre outros temas.
LULA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é um dos convidados para a cúpula do G7. Ele chegou a Hiroshima na 5ª feira (18.mai.2023). Além de participar de debates, Lula terá ao menos 7 encontros bilaterais durante a viagem.
Segundo o Financial Times, além de buscar reforçar o apoio ocidental, Zelensky quer se aproximar de participantes não pertencentes ao G7, como o Brasil e a Índia, durante a cúpula.
Via / Poder 360
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