Foto: IAT-PR/Divulgação.
É questão de meses, o Paraná vai perder 490 hectares de área para Santa Catarina em 2025. A revisão por parte de um proprietário de um imóvel rural, localizado entre os municípios de Guaratuba (PR) e Garuva (SC), confirmou que 28 quilômetros do terreno pertencem ao estado vizinho. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), deve oficializar a mudança até maio do ano que vem.
Segundo o engenheiro florestal da Diretoria de Gestão Territorial (Diget) do Instituto Água e Terra (IAT), Amauri Pampuch, é questão de tempo para a alteração equivalente a cerca de 490 campos de futebol, considerando as dimensões máximas estipuladas pela Federação Internacional de Futebol Associação (Fifa), de 120 metros de comprimento e 90 metros de largura.
“Não temos o retorno oficial de Santa Catarina ou do IBGE, independente disso, não existe dúvida quanto ao marco. Está bem definida, é um questão de tempo, de adotar esse mesmo traçado de divisa do Estado do Paraná. Estamos aguardando essa confirmação pública que deve sair em abril ou maio de 2025″, disse Amauri.
A principal mudança estará no limite entre os municípios de Guaratuba e Garuva. Na prática, a alteração representa somente 0,002% da área do estado paranaense.
Relembre o caso
Essa revisão foi protocolada no final do último mês de abril no Instituto Água e Terra (IAT) com o objetivo de identificar a localização da propriedade, que foi herdada pela família do solicitante. Após uma medição feita por ele mesmo, descobriu que o trecho está em território catarinense, diferentemente do que mostra a delimitação definida pelo Exército brasileiro entre 1918 e 1919.
Com cinco marcos históricos estabelecidos entre 1916 e 1922 pelo Exército do Rio de Janeiro, sendo que quatro deles passaram a ser conhecidos pelos órgãos estaduais, uma nova medição foi realizada na com o auxílio de GPS para aprimorar a precisão geográfica.
Com essas informações, o IAT, que tem um departamento específico sobre a gestão territorial do estado, realizou uma vistoria presencial nos pontos indicados pelo paranaense e fez uma avaliação de documentos antigos, confirmando a inconsistência na marcação feita pelo Exército.
“Esse produtor rural tinha o imóvel dividido entre os estados, com a precisão fica todo em Santa Catarina. Trabalhamos com o mapeamento do estado e também com a legislação da criação dos municípios. Temos um acervo de diferentes épocas e escalas que recobre todo o estado com mapeamento cartográfico de escala um para 50 mil. Fazemos a identificação do curso de água, lotes e fazemos o traçada de cada cidade”, comentou o engenheiro florestal do IAT.
Via / Tribuna
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