Seca recua no Oeste e Noroeste do Paraná e se agrava no Norte e RMC

Seca recua no Oeste e Noroeste do Paraná e se agrava no Norte e RMC

Imagem:Gilson Abreu/Arquivo AEN

O mês de agosto apresentou contrastes de chuva e temperatura entre as regiões do Paraná, refletidos no Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas (ANA). O levantamento mostrou recuo da seca no Oeste e no Noroeste, onde os volumes de chuva foram mais significativos, mas agravamento da situação no Norte do Estado e na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), que registraram precipitações abaixo da média.

De acordo com o Simepar, parceiro da ANA no estudo, cidades do Norte que fazem divisa com São Paulo tiveram evolução da seca de moderada para grave. Já na RMC, a estiagem passou de fraca para moderada, atingindo até parte do Litoral.

Exemplos confirmam o cenário crítico: em Cambará, não choveu sequer 1 mm em agosto, enquanto Jaguariaíva registrou apenas 3,8 mm — o menor índice para o mês em 12 anos. Em Telêmaco Borba, o volume foi de apenas 4 mm, o menor em 25 anos. Em Curitiba, a chuva acumulada foi de 39,4 mm, contra uma média histórica de 82,6 mm.

O meteorologista Reinaldo Kneib, do Simepar, alerta que a seca grave no Norte Pioneiro já impacta lavouras e pastagens, além de elevar o risco de escassez de água. Na RMC e no Litoral, as chuvas irregulares também agravaram a estiagem, que já vinha sendo observada.

Por outro lado, 19 das 50 estações meteorológicas do Simepar registraram volumes acima da média para o mês, com destaque para Pinhão, que acumulou 113,5 mm a mais, e Santa Helena, com 111,8 mm acima da média. Essa melhora contribuiu para o recuo da seca fraca no Oeste e para a redução da seca moderada no Noroeste.

A ANA destaca que os impactos da estiagem podem ser de curto e longo prazo no Centro-Norte, prejudicando tanto a agricultura quanto o abastecimento de água. Já nas demais regiões, os efeitos são de curto prazo, afetando principalmente a produção agrícola.

Via:Governo do Paraná

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