Ministério Público denuncia médica e farmacêutico de clínica de Cascavel

Ministério Público denuncia médica e farmacêutico de clínica de Cascavel

Imagem / Divulgação.

O Ministério Público ofereceu a primeira denúncia do caso envolvendo o casal investigado por crimes praticados em uma clínica de estética em Cascavel. O Poder Judiciário recebeu a denúncia, instaurando a ação penal com base em indícios de autoria e materialidade delitiva devidamente apurados durante a investigação policial.

Neste primeiro momento, os denunciados responderão, em tese, por crimes de estelionato qualificado, lesão corporal gravíssima e exercício ilegal da profissão, conforme previsto no Código Penal. A denúncia aponta que os acusados teriam induzido diversas vítimas em erro, realizando procedimentos estéticos de forma irregular, resultando em graves lesões e danos irreversíveis à saúde das pacientes.

A Polícia Civil reitera o compromisso com a investigação e a responsabilização de todos os envolvidos, bem como reforça a importância de que eventuais novas vítimas procurem a Delegacia para formalizar denúncias e contribuir com a apuração dos fatos.

As investigações continuam e o caso segue em tramitação perante o Poder Judiciário. Mais informações serão divulgadas conforme o avanço dos demais inquéritos policiais e do processo judicial.

A denúncia de Raquel Demichei Dornelles

O caso ganhou notoriedade nas redes sociais depois que Raquel Demichei Dornelles (foto) relatou complicações graves em um procedimento estético realizado na clínica. Ela contratou a aplicação de "Sculptra", um bioestimulador de colágeno, mas alegou que foi aplicado PMMA, substância sintética amplamente desaconselhada para fins estéticos devido ao risco de complicações severas.

Raquel afirmou ter sofrido deformidades permanentes no rosto e apresentou à Polícia Civil um laudo técnico que comprova o uso do PMMA, além de fotos, vídeos e contratos.

Irregularidades constatadas na clínica

Em setembro de 2024, inspeções realizadas pelos Conselhos Regionais de Farmácia e Medicina, em parceria com o Ministério Público, apontaram diversas irregularidades na clínica. A equipe de fiscalização constatou que o farmacêutico utilizava PMMA em procedimentos estéticos, o que é proibido, além de outras infrações.

Em nota, o CRF-PR afirmou que participou da inspeção conjunta com o Conselho Regional de Medicina (CRM)e foram identificadas irregularidades que estão sendo analisadas no âmbito do processo ético-profissional.

A Polícia Civil segue apurando o caso e recomenda que possíveis outras vítimas procurem a delegacia para formalizar denúncias.

Catve/Assessoria

 

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