Imagem / GestAgro 360º.
As exportações brasileiras de carne de frango e de porco, considerando todos os cortes in natura e os processados, já totalizaram 4,8 milhões de toneladas nos 10 primeiros meses de 2021. Foram vendidas 3,8 milhões de toneladas de frango e 1 milhão de toneladas de carne suína, 10,45% e 13,4% acima do volume registrado no mesmo período do ano anterior, respectivamente.
Em dinheiro, essas exportações somam US$ 8,5 bilhões, US$ 6,3 bilhões para os frangos e US$ 2,2 bilhões para os porcos, valor que corresponde a quase R$ 50 bilhões, quando convertido para a moeda nacional, de acordo com um levantamento da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) desta semana. Os valores tiveram alta de 25,1% e de 21,5%, respectivamente.
Só no mês passado, as exportações de carnes de frango brasileiras aumentaram 24,2% em relação ao mesmo período do ano passado, e as de suínos, 11,9%. A receita, porém, teve um salto bem maior de crescimento, já que os preços das duas carnes também aumentaram em 2021: 25,1% para o setor de frangos e 11,9% para a suinocultura.
Maiores clientes do Brasil.
A China aparece como o maior cliente do Brasil no ano, tanto nas compras de carnes de frango quanto de porco. Entre janeiro e outubro deste ano, o país importou 550 mil toneladas de carnes de frango, um pouco abaixo das 564 mil toneladas compradas no mesmo período do ano passado, mas só no mês de outubro, as importações foram 2,5% maiores, com 51,2 mil toneladas. Em relação à carne suína, os chineses já compraram, nos 10 meses deste ano, 481,9 mil toneladas, 13,9% mais que no mesmo período do ano passado, que totalizaram 414 mil toneladas.
Em outubro, os chineses importaram 51,2 mil toneladas de frangos e 481,2 mil toneladas de suínos. Em outubro do ano passado, eles haviam comprado 49,9 mil toneladas de carne de frangos e 415 mil toneladas de carne suína, 2,5% e 13,9% menos, respectivamente.
Na lista dos principais importadores de carne de frango, o Japão aparece como o segundo mercado mais relevante para o setor. Apenas em outubro, eles importaram 47,2 mil toneladas, 60,4% a mais que no mesmo período do ano passado. Na sequência, vem os Emirados Árabes, com 43,6 mil toneladas, uma alta de 108,1% na comparação com outubro do ano passado.
Entre os maiores compradores de porcos, o destaque vai para o Chile, que no mês passado aumentou em 56,5% as compras, com 52,5 mil toneladas, o Japão, com 11,3 mil toneladas (+19,1%) e Estados Unidos, com 9,7 mil toneladas, 43,4% a mais que em outubro de 2020.
Luís Rua, diretor de mercados da ABPA, explicou que, no caso do frango, o que motivou o aumento nas exportações foi a maior demanda em mercados novos. Alguns países que também são fornecedores do produto enfrentam surtos da doença influenza aviária, a gripe do frango, e o Brasil tem status de país livre da doença.
Para a carne suína, o status sanitário também tem pesado bastante. "O status sanitário da produção brasileira de carne suína tem sido um diferencial competitivo no mercado internacional", disse.
Ele explicou que, nesse caso, a ocorrência da doença peste suína africana (PSA), que atinge a China e países da América Central, incentiva as compras da carne brasileira, que não registra essa doença desde 1983. De acordo com a ABPA, em 2021, as exportações de suínos devem chegar a inéditos 1,1 milhão de toneladas.
Por Viviane Taguchi - UOL, em São Paulo
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