PECUÁRIA: Preço futuro do boi gordo sobe com novos casos de febre suína na China.

PECUÁRIA: Preço futuro do boi gordo sobe com novos casos de febre suína na China.

Imagem/FarmNews.

Vale lembrar que um dos fatores que motivou a alta dos preços do mercado pecuário no Brasil em 2020 foi justamente o surto da febre suína africana, que fez a produção de carne suína cair significativamente na China em 2019 e impulsionar as exportações de carne tanto bovina como suína do Brasil.

Esse foi um dos motivos que favoreceu a alta no mercado futuro do boi gordo no dia 16 de março, como ilustrado na primeira Figura abaixo, considerando o contrato com vencimento em maio de 2023 (BGIK23). Pois é, a questão sanitária internacional mostra que o mercado pecuário no País tem pouco espaço para quedas, já que embora a expectativa de oferta no Brasil tenda a aumentar pela fase do ciclo pecuário, no mundo a oferta e a demanda segue ajustada e qualquer desequilíbrio pode novamente impulsionar a alta das carnes do Brasil.

O preço futuro do boi gordo (BGIK23) encerrou o dia 16 de março cotado a R$293,0 por arroba e apesar da alta no dia, o valor segue relativamente estável desde o fim de fevereiro.

Embora o futuro do boi gordo para maio de 2023 ainda esteja pressionado pelo aumento de oferta, somada a insegurança quanto ao ritmo de recuperação do consumo interno e da retomada das exportações para a China, os novos casos de febre suína, por outro lado, adicionam uma expectativa positiva para a pecuária do Brasil. E esse é um fator que pode trazer forte pressão de alta no preço do boi gordo, conforme o desdobramento do impacto e do tamanho do surto no país asiático.

No mercado físico (Cepea), a recuperação de preço segue lenta (segunda Figura), ainda no aguardo do fim do embargo. O preço médio do boi gordo (Cepea) na parcial de março de 2023, até o dia 16, de R$275,0 por arroba, valor 5,1% abaixo da média nominal de fevereiro (R$289,7) e 20,1% menor que março de 2022 (R$344,7).

O IBGE divulgou no último dia 15 de março os dados finais do abate de bovinos no Brasil e o destaque ficou para o aumento do abate de vacas que apresentou alta de 18,7% em relação a 2021, somando o 8,01 milhões de cabeças. 

Via/FarmNews.

 

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