FRUTICULTURA: PODA E CONDUÇÃO DE VIDEIRAS

FRUTICULTURA: PODA E CONDUÇÃO DE VIDEIRAS

A videira é uma planta de clima temperado e hábito caducifólio, ou seja, necessita de um determinado período de frio durante o ano para que ocorra a perda das folhas e a planta passe por um período de dormência, permitindo o acúmulo de reservas nutricionais, para que, com a passagem do período hibernal a planta retome o crescimento com uma brotação exuberante.

Em se tratando da videira a poda é uma prática de manejo indispensável para a formação e boa produção da planta. Quando a poda não é realizada, a planta desprende muita energia para a mantença de toda a ramificação antiga fazendo com que a brotação seja menos vigorosa, diminuindo drasticamente a produção. Vale lembrar também que, antes de realizar a poda é imprescindível que esteja definido qual o tipo de condução do pomar (parreiral) é o desejado.

Basicamente existem duas formas de condução, sendo o tipo espaldeira onde as plantas são tutoradas em fios de arame dispostos na vertical e o tipo latada onde as plantas são conduzidas em fios de arame dispostos na horizontal. Existem outras variantes de forma de condução como manjedoura, “Y” etc, as quais são adotadas dependendo da cultivar que se está utilizando, manejo que se deseja adotar ou produtividade e qualidade desejada.

Após definida a forma de condução é o momento de realizar a poda propriamente dita. Para isso, deve se destacar que a videira é uma planta que produz em ramos do ano, ou seja, toda a produção é obtida em brotações jovens que crescem logo após realizado o corte dos ramos que brotaram no ano anterior, dessa forma, quanto mais brotações forem possíveis, maior será a produtividade obtida.

Quanto ao momento ideal para realizar o corte dos ramos, muitas vezes o conhecimento empírico prevalece. Esse método ainda muito praticado em pomares domésticos e também em alguns comerciais consiste em realizar a poda durante a fase minguante da lua do mês de agosto pois, acredita-se que, a brotação ocorre de maneira mais vigorosa e uniforme. No entanto, pelo método científico, a regra estabelecida para a poda de videiras determina que esta seja realizada após o período hibernal quando as gemas começam a entumecer.

Apesar de todas essas considerações, um ponto fundamental para o sucesso na implantação, condução e produção de um parreiral é a preocupação que se deve ter com o manejo do solo. A fertilidade do solo é um fator que se pode controlar e imprescindível para que após a poda as gemas brotem e formem ramos fortalecidos, vigorosos e com boa capacidade produtiva.

Por Danimar Dalla Rosa – Colunista RRMAIS

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Danimar Dalla Rosa

Danimar Dalla Rosa

Possui curso Técnico em Agropecuária pelo Colégio Agrícola Estadual Ângelo Emílio Grando - Erechim, RS. Engenheiro Agrônomo pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE. Foi bolsista de Iniciação Científica por dois anos consecutivos e bolsista do grupo PET Agronomia da UNIOESTE por mais dois anos. Foi estagiário; entre julho e outubro de 2014; no Setor de Melhoramento Genético da cultura do Trigo na Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola - COODETEC em Cascavel - PR. Mestre na área de Produção Vegetal, linha de pesquisa manejo de culturas pela UNIOESTE e atua como Engenheiro Agrônomo na empresa Fertizan - Comércio de Defensivos Agrícolas. Também atua nas áreas de fruticultura e fitotecnia.