Foto: Roberto Dziura Jr/AEN.
A qualificação das filas de espera de cirurgias e exames especializados, iniciada em maio pela Central Estadual de Regulação Ambulatorial (Cera), resultou em uma redução de usuários na espera do Sistema Único de Saúde (SUS) para esses procedimentos. A ação, que segue em andamento até maio de 2025, consiste em reavaliação das necessidades, instituição de protocolos e guias de encaminhamento, desenvolvimento de estratégias para diminuir a taxa de absenteísmo – pacientes que faltam –, além de melhorar a comunicação com os usuários.
A reavaliação consiste em verificar se o paciente está cadastrado em uma só fila (a da central estadual, dos consórcios ou nos 76 municípios com gestão plena, como Curitiba, Maringá e Londrina), se o procedimento do cadastro já foi realizado, se o paciente já realizou algum outro procedimento que excluiu a necessidade do que estava prescrito, se o hospital indicado oferece todos os recursos necessários, dentre outros eventos que possam fornecer algum tipo de informação que evite um cadastro desatualizado.
Segundo dados oficiais da Central de Acesso a Regulação do Paraná (Care/PR), 91.307 pacientes possuíam indicação de cirurgia eletiva no Estado no começo de maio, quando o mapeamento foi iniciado. Com a qualificação, o número de pacientes que aguardam pelo procedimento há mais de um ano passou para 58.267. A diferença é porque eles realizaram as cirurgias nesse período ou tiveram seus registros reclassificados, com casos acumulados desde 2014. A atual posição do paciente na fila de espera pode ser consultada online, por meio deste link.
Em relação aos pacientes que estão com atendimento em andamento, seja para realização de consultas ou exames, a atualização e realização de procedimentos como contatos telefônicos e até visitas pessoais nesse período levaram o número de 369.254 para 229.354, uma redução de quase 38%, dando mais fluidez à organização da fila.
Outra conquista é que nos últimos dois anos o tempo médio de espera entre a solicitação da cirurgia e a realização do procedimento de pacientes inseridos no Care/PR baixou 38%. Em 2022, a média de tempo de espera era de 105 dias (mais de três meses), e em 2023, os pacientes aguardaram em média 65 dias, pouco mais de dois meses.
O objetivo da força-tarefa é reduzir o número de pacientes que aguardam em fila de espera e agilizar o acesso da população aos procedimentos. Esta é mais uma ação do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, para melhorar o fluxo e reduzir a espera para consultas, exames especializados e cirurgias eletivas (hernioplastias, amigdalectomia, cirurgia de catarata, fixação de tubos auditivos para os ouvidos, entre outras).
“Uma das missões que ficaram no período pós-pandêmico era dar transparência e, principalmente, um matriciamento para qualificar as nossas filas de espera, tanto para exames e consultas especializadas, bem como um grande esforço com que ficou de passivo das cirurgias eletivas”, ressaltou o secretário de Estado da Saúde, Cesar Neves.
“Esse esforço tem sido feito desde então e agora já temos números expressivos para mostrarmos para a população paranaense uma diminuição por conta dessa qualificação. É um processo que ainda está em construção. Uma regulação devidamente organizada contribui para diminuir as filas do SUS e aprimorar todo o sistema”, complementou.
Desde o fim da pandemia, havia uma estimativa de que cerca de 200 mil paranaenses estavam aguardando por uma cirurgia eletiva, somando a lista de espera oficial e a dos municípios. Muitos pacientes são inseridos neste sistema pelas secretarias municipais de Saúde e a fila exata destes procedimentos ainda está sendo compilada em um programa de gestão que integre os sistemas do Estado, município e consórcios.
Para a coordenadora de Regulação de Acesso aos Serviços de Saúde da Sesa, Olga Regina de Castro Deus, essa qualificação é um grande avanço para todos. “Tivemos a redução de cerca de 173.000 dos pacientes que estão inseridos em filas. Com a pandemia esses procedimentos eram apenas somente direcionados às urgências e acabaram se acumulando. Muitos usuários foram agendados ou inativados por não precisarem ser encaminhados aos serviços. Essa mudança trará mais agilidade”, complementou.
OPERA PARANÁ – Para atender à demanda de cirurgias eletivas reprimidas, reflexo da pandemia da Covid-19, a Sesa lançou o Programa Opera Paraná, uma estratégia permanente para a redução das filas. O programa ajudou a ampliar os procedimentos cirúrgicos eletivos regulares, de forma descentralizada e regionalizada. O investimento total inicialmente destinado foi de R$ 300 milhões do Tesouro do Estado. Ao todo, são 100 prestadores, entre rede própria e contratualizada, que compõem o programa, realizando 606 tipos de procedimentos.
Via / AEN
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