Imagem / Marcos Ribolli.
Um passo fundamental para a consagração definitiva, logo na melhor noite da temporada. O São Paulo repetiu as melhores qualidades apresentadas durante esta evolução do trabalho de Rogério Ceni e parou a melhor equipe da América do Sul, o bicampeão da Libertadores.
Com intensidade do início ao fim, ritmo vertical e uma atmosfera favorável, o Tricolor fez 3 a 1 no Palmeiras e se aproximou do bicampeonato do Paulistão.
Semana a semana, o São Paulo se apresenta melhor. Mesmo com uma sequência de jogos desgastante, a equipe se sustenta fisicamente e consegue encarar de igual para igual (e ganhar) do principal time do continente desde o ano passado.
O símbolo desta competitividade está em Jonathan Calleri. O argentino brigou e incomodou durante toda a partida a dupla Gustavo Gómez e Murilo. O camisa 9 ganhou a maior parte das disputas individuais e ainda anotou dois gols, novamente mostrando o quanto é decisivo para este time.
A receita do São Paulo de Ceni é clara: mistura de jovens promissores, com ritmo intenso e qualidade, com atletas “famintos”, como Calleri e Rafinha. O grupo comprou a ideia do treinador e, juntos, podem se consagrar bicampeões paulista, algo que não acontece há 30 anos no clube.
Um São Paulo intenso e muito preparado para os duelos físicos apareceu na noite de quarta-feira. O ritmo forte com e sem a bola novamente foi fundamental para o Tricolor dominar um adversário superior, principalmente pela longevidade do trabalho de Abel Ferreira.
Em casa, com mais de 60 mil apoiando, Ceni fez a equipe se impor. Era constante a cena de Léo e Diego Costa com a posse de bola no campo de ataque, empurrando o rival e ao mesmo tempo mantendo a compactação da equipe.
Quando não evoluía com o jogo de toques mais curtos, como no lance do segundo gol com passe de Rodrigo Nestor para Pablo Maia, Calleri entrava em ação. Com disposição e ganhando fisicamente as disputas com a zaga do Palmeiras, o argentino dava tempo para a equipe se organizar.
Essa intensidade e as constantes vitórias em duelos físicos tornaram o São Paulo senhor do jogo no segundo tempo. O triunfo foi construída com naturalidade, mesmo diante da melhor defesa do Paulistão. O campeonato poderia ter terminado nesta quarta-feira.
Por José Edgar de Matos — São Paulo
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