Ginasta de 22 anos fica atrás apenas da americana Sunisa Lee no individual geral e se torna a primeira medalhista olímpica da ginástica feminina do Brasil.
O Baile de Favela ecoou no pódio das Olimpíadas de Tóquio. O hino foi americano, mas o funk ainda estava na cabeça de todos quando Rebeca Andrade colocou no peito a prata do individual geral nesta quinta-feira. A ginasta de 22 anos se tornou a primeira brasileira a conquistar uma medalha na ginástica artística dos Jogos Olímpicos.
Com 57,298 pontos, Rebeca só ficou atrás da americana Sunisa Lee, que somou 57,433 pontos e manteve o domínio do país na prova. O bronze foi para a russa Angelina Melnikova, com 57,199 pontos.
Na história
Rebeca, ainda vai disputar mais duas finais em Tóquio: domingo no salto, e segunda-feira no solo. Mais duas chances de continuar escrevendo seu nome na história do esporte brasileiro.
Daniele Hypolito foi a primeira brasileira a conquistar uma medalha em Mundiais, uma prata no solo de 2001. Daiane dos Santos a primeira campeã mundial, em 2003. Rebeca em 2021 se tornou a primeira medalhista olímpica.
Superando lesões
O feito de Rebeca Andrade é ainda mais impressionante por causa da sua trajetória. Foram três cirurgias no joelho direito entre 2015 e 2019. Muito tempo afastada do ginásio. Mas a brasileira superou tudo.
Teve VAR
A medalha de Rebeca foi de prata graças ao VAR. Ela tinha recebido 13,566 pontos na trave, mas a comissão técnica brasileira entrou com um recurso para revisão da nota de dificuldade. Os árbitros acataram o pedido e aumentaram um décimo na nota, indo para 13,666 pontos. A diferença entre Rebeca e Melnikova, a terceira colocada, foi de apenas 0,099.
Fonte: geglobo.com
Foto: Ricardo Bufolin / Panamerica Press / CBG