Imagem / H2Foz.
Restando apenas 3% do cronograma para a conclusão, a Ponte da Integração Brasil–Paraguai passou, nessa terça-feira (29), pela etapa mais importante de avaliação da segurança da estrutura: o teste de carga dinâmica, executado com o uso de seis caminhões, com 27 toneladas cada, concentrados em um espaço reduzido.
O procedimento foi acompanhado pelo diretor-geral paraguaio de Itaipu, Manuel María Cáceres, e equipes de técnicos e engenheiros dos dois países. Os caminhões fizeram a travessia da ponte em três velocidades diferentes (20km/h, 40km/h e 60km/h), com o movimento sendo monitorado por equipamentos e sensores de alta precisão.
Em material divulgado à imprensa, a diretoria paraguaia de Itaipu informou que “os medidores incluíram células de carga, instaladas no topo de cada um dos 116 cabos, a 180 metros de altura, com os quais é avaliada a força dos cabos de sustentação. Além disso, foram usados extensômetros, inclinômetros, acelerômetros e medidores de deslocamento”.
Fernando Barúa, gerente do Departamento de Obras e Manutenção da Superintendência de Obras e Desenvolvimento de Itaipu, margem paraguaia, explicou que a Ponte da Integração foi desenhada para suportar 500 quilos de força por metro quadrado (m²). No teste dessa terça, avaliado positivamente, foram usados até 670 quilos por m².
Inauguração
Ao participar de um evento no último dia 18, o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, disse que a Ponte da Integração será inaugurada no dia 12 de dezembro, com a presença dele e do colega brasileiro, Jair Bolsonaro. Tal informação ainda não foi confirmada pela diretoria brasileira de Itaipu ou pela Presidência da República.
Mesmo que seja entregue na data citada, a ponte ainda não poderá ser imediatamente usada pela população da fronteira. Em ambas as cabeceiras, estruturas fundamentais, como as vias de acesso e controle aduaneiro, ainda não foram concluídas. A Rodovia Perimetral Leste, do lado brasileiro, apresenta apenas 17,3% de construção.
A previsão é a de que o tráfego seja liberado de forma gradual ao longo de 2023 e 2024. No caso do transporte de cargas, por exemplo, o plano de órgãos como a Receita Federal do Brasil (RFB) é autorizar primeiro a circulação de caminhões em lastre (vazios), para depois permitir a passagem de caminhões com cargas que precisem de inspeção.
Fonte: Guilherme Wojciechowski (H2Foz)
Via / cgn.inf.br
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