Oeste do Paraná lança campanha por menor preço no pedágio e 100 entidades assinam carta para Bolsonaro

Oeste do Paraná lança campanha por menor preço no pedágio e 100 entidades assinam carta para Bolsonaro

A campanha foi lançada nesta quarta-feira (3), no Auditório Cascavel, da Acic (Associação Comercial e Industrial de Cascavel), durante uma coletiva de imprensa, com a presença de entidades da região oeste do Paraná, as quais defendem que a próxima licitação garanta tarifas mais baixas.

Materiais como outdoors, mídias sociais entre outros vão ampliar as ações no oeste do estado. Uma carta assinada por 100 entidades foi entregue ao Presidente Jair Bolsonaro, nesta quinta-feira (4), durante sua visita a cidade de Cascavel – PR para a inauguração de um centro esportivo de alto rendimento.

Ao receber a carta o Presidente disse não estar devidamente inteirado do assunto, e que trataria pessoalmente do tema junto ao Ministério da Infraestrutura.

Segundo o presidente do POD (Programa Oeste em Desenvolvimento), Rainer Zialasko, a região precisa se unir e cobrar mudanças na proposta, para não continuar com uma das tarifas de pedágio mais caras do mundo, “nosso interesse não é por benefícios, queremos apenas isonomia, ser tratados como outros estados, que tem tarifas muito mais baixas que a nossa” completou o presidente do POD, afirmando que se as ações não surtirem o efeito desejado, não estão descartados manifestações nas rodovias e outras mobilizações.

A proposta pede a redução da tarifa do pedágio para um valor justo e equilibrado.

 

Leia a seguir a carta entregue ao Presidente da Republica sobre o pedágio:

Exmo. Senhor:

Jair Messias Bolsonaro

Presidente da República Federativa do Brasil

Caro presidente, o Oeste do Paraná, que tem em seu território mais de 50 mil produtores rurais, garantiu apoio maciço à sua eleição em 2018, e agora encarecidamente pede a sua intervenção para que o novo modelo de concessão de rodovias no Estado seja justo e equilibrado.

Deve-se entender que o Paraná depende do valor agregado por peso, que o Estado tem forte produção de insumos primários. E, por isso, precisamos saber o quanto isso impacta na cadeia de desenvolvimento.

Com todo respeito que temos por Vossa Excelência, homem íntegro e preocupado em promover avanços há muito reivindicados ao País, reiteramos, Senhor Presidente, que precisamos de sua intervenção direta na questão aqui exposta, porque precisamos de um modelo de pedágio justo e equilibrado!!! Caso as empresas ganhadoras da licitação, durante o período de suas concessões tiverem problemas de fluxo de investimento, falta de cumprimento de contratos por incompetência de gestão, envolvimento em escândalos de corrupção ou se na busca por vencer a licitação a empresa der descontos demasiados, que a mesma arque com as consequências e que o Estado as tire, tenha cláusulas contratuais robustas e resolutivas, peça caducidade, faça novas licitações e garanta ao povo a menor tarifa possível.

Reforçamos, Senhor Presidente, que o modelo de concessão busque o menor preço sem outorga onerosa de qualquer espécie (híbrida ou não) e menor degrau tarifário quando da duplicação que terá gatilho de 40% de acréscimo. A região, que é uma grande produtora de carnes e grãos, precisa ser vista como ela é justamente para que a competitividade de seus produtos não se perca, porque do contrário haverá sérios e irreversíveis prejuízos ao Oeste, ao Paraná e ao Brasil.